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Celebração marca a abertura do Plante Rio
Por Bruno da Silva
Nesse sábado, 21, a cerimônia de abertura do segundo dia do Plante Rio teve a participação de representantes da Aldeia Vertical, além do Mestre Célio Gomes, da Aluandê Capoeira Angola, Pai Claudio de Ayra, e a Yalorixá Yá Wanda Araujo. A presença de representantes de diversas culturas e etnias foi um lembrete da importância da articulação entre práticas tradicionais, um dos ideais mais importantes do Plante Rio.
“Que seja um bom dia pra nós e que a gente encontre acolhimento”, foram as palavras ditas por Niara do Sol, líder da Horta Comunitária Dja Guata Porã, antes de entoar uma cantiga que celebra o início do dia. A Horta Comunitária é um projeto da Aldeia Vertical, e um espaço de vivência da cultura indígena na cidade.
A Yalorixá Yá Wanda, usando as contas de Oxóssi, pai da agricultura, contou que o fogo e a fumaça que sufocaram os biomas brasileiros nas últimas semanas atingiram o território onde ela reside. As vestes brancas que ela estava usando representavam o luto que ela sente pela fauna e flora brasileiras. Apesar disso, ela estava feliz por ver tantas pessoas que se movimentam energeticamente em prol da criação de soluções para os problemas ambientais.
Antes de terminar sua fala, ela disse aos presentes: “Ao despachar Exu, fiz um pedido para que, de verdade, o que vai acontecer aqui seja abençoado. E que nossas mensagens sejam ouvidas. Não só pelos caras das canetas, mas por nós, pra gente fazer diferente”.
Da Redação Plante Rio
Sob supervisão de Clara Lugão e Matt Vieira
Foto: Luiza Regina